sábado, 13 de dezembro de 2014

Esta erupção do vulcão da ilha do Fogo já é mais destrutiva do que a de 1995.

Duas povoações estão destruídas. Receia-se que outras no caminho mais provável do rio de lava também sejam apanhadas, até porque o vulcão se mantém em actividade.

Em 1995, o vulcão da ilha do Fogo, em Cabo Verde, acordou e manteve-se durante um mês e 24 dias a deitar lava vinda das profundezas da Terra. Agora, passados 19 anos da erupção anterior, voltou a dar sinais de vida — e nos 19 dias em que tem estado a expelir lava já foi mais destrutivo do que em toda a erupção de há quase 20 anos.A lava já destruiu duas povoações — a Portela e Bangaeira —, enquanto em 1995 atingiu uma meia dúzia de casas. Coladas uma à outra, a Portela e a Bangaeira ficam dentro da caldeira vulcânica da ilha do Fogo, conhecida por Chã das Caldeiras. Até há menos de um mês viviam ali cerca de 1300 pessoas, que tiveram de ser deslocadas para outros locais, a maior parte para o antigo liceu da cidade de Mosteiros. Outra parte foi para centros de acolhimento em Achada Furna e Monte Grande. Vítimas mortais não há.Chã das Caldeiras, que é uma depressão plana a cerca de 1600 metros de altura, está em grande parte rodeada por uma escarpa, designada por Bordeira, e que na parte mais alta atinge um quilómetro acima do fundo plano. Aberta a leste, zona em que a escarpa já não existe, a caldeira vulcânica tem cerca de nove quilómetros de comprimento e dois de largura. Do fundo da caldeira ergue-se um grande cone — o Pico do Fogo, que é o vulcão e o ponto mais alto da ilha, com 2829 metros. Desde a erupção anterior, Chã das Caldeiras foi-se enchendo de gente.O cultivo da vinha e a produção de vinho, num dos poucos locais em Cabo Verde onde isso é possível, e o turismo tornaram-se actividades económicas importantes que funcionaram como um chamariz para Chã das Caldeiras. “Desde 1995, a população mais do que duplicou”, refere José Madeira, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e do Instituto Dom Luiz (IDL), regressado há alguns dias a Portugal de uma missão científica ao vulcão. “Houve a cooperação com os italianos para se desenvolver a vinha e a área cultivada aumentou. A procura turística também aumentou. A população jovem da Portela e Bangaeira trabalha como guias — a fazer caminhadas, a ir ao vulcão, a subir a Bordeira.”Mais gente num local perigoso pela presença de um vulcão activo, ainda que costume estar adormecido durante dezenas de anos, é sinónimo do aumento do risco associado a uma erupção. Esta foi uma das razões por que, desta vez, o derrame de lava chegou às casas e as engoliu. Primeiro à Portela, mais a sul, depois à Bangaeira, mais a norte.Quando olhamos para fotografias que os jornais cabo-verdianos têm publicado, vemos que o derrame de lava envolveu as casas e prosseguiu caminho. Vista de cima, a crosta escura da lava surge pontilhada, aqui e ali, pelo topo claro das casas, sobressaindo como pepitas de chocolate branco numa bolacha. Além das casas, assim se perderam terras agrícolas, a adega de Chã das Caldeiras, o edifício do Parque Natural da Ilha do Fogo, estradas.

Vulcão de cabo verde.
Fonte-http://www.publico.pt/ciencia/noticia/esta-erupcao-do-vulcao-da-ilha-do-fogo-ja-foi-mais-destrutiva-do-que-a-de-1995-1679134

Legionella detectada em fábrica de Sines.

Tanto no Hospital do Litoral Alentejano como nos centros de saúde da região não há registo de pessoas infectadas com a bactéria. Euroresinas suspendeu laboração.
A Autoridade de Saúde do Litoral Alentejano e a Câmara de Sines divulgaram nesta quinta-feira, através de um comunicado conjunto, terem sido detectadas colónias de Legionella spp na torre de refrigeração da empresa Euroresinas, que a Sonae Indústria instalou na área industrial de Sines em 1993, para a produção de resinas sintéticas de formaldeído.Na reunião que estas duas entidades mantiveram hoje com a administração da Euroresinas, foi-lhes transmitido que nas análises efectuadas “por rotina” em 27 de Novembro à água da torre de refrigeração da fábrica “foram detectadas colónias de Legionella spp”. A empresa diz ter sido confrontada ontem (quarta-feira) com esta informação e logo “procedeu à paragem imediata da laboração, informando depois as autoridades ter já “implementado medidas correctivas”.Garante ainda que a Euroresinas está em permanente articulação com o médico de medicina no trabalho, o Hospital do Litoral Alentejano e a Direcção-Geral da Saúde para garantir o controlo do surto de Legionella.O PÚBLICO contactou Egídio Fernandes, dirigente da União de Sindicatos de Sines e Santiago do Cacém, que confirmou o teor desta informação e referiu que a empresa “de imediato” parou a produção, uma decisão que o sindicalista enalteceu, frisando que a organização sindical está a acompanhar o acontecimento. Salientou ainda que os trabalhadores “estão envolvidos” nas acções de limpeza das áreas afectadas pelo surto, sublinhando que “é do seu interesse [dos trabalhadores] que a laboração seja rapidamente retomada”.No entanto, “o sindicato está preocupado” com o que eventualmente possa estar a acontecer noutras empresas do complexo de Sines, igualmente susceptíveis de poderem vir a ser contaminadas pela bactéria patogénica.Egídio Fernandes advoga uma intensa vigilância em todas as unidades industriais que tenham equipamentos onde colónias de Legionella se possam acolher.Da informação que já lhe foi possível recolher, tanto no Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, como nos centros de saúde da região, não há registo de pessoas com sintomas que indiciem a presença de Legionella. Mesmo assim, o sindicalista alerta para a necessidade de vigilância apertada a todos aqueles que trabalham no complexo de Sines e que residem, na sua maior parte, na cidade de Santo André ou em Santiago do Cacém.A Assembleia Municipal de Sines vai reunir esta noite e a CDU vai colocar na ordem de trabalhos a discussão do surto de Legionella na Euroresinas.
Legionella.
Fonte-http://www.publico.pt/sociedade/noticia/legionella-detectada-em-fabrica-de-sines-1679155

Ebola leva Serra Leoa a proibir festas públicas no Natal e Ano Novo.

As reuniões públicas para o Natal e Ano Novo serão proibidas este ano em Serra Leoa devido ao ebola, indicou nesta sexta-feira (12) o chefe do Centro Nacional de Luta Contra a Epidemia (NERC), Palo Conteh.
"Não haverá celebrações de Natal ou Ano Novo este ano", disse a repórteres, acrescentando que os militares estariam nas ruas para evitar qualquer festa."Vamos garantir que todos permaneçam em casa para refletir sobre (o perigo) do ebola", afirmou, sem especificar uma data ou quaisquer exceções.De acordo com as estatísticas oficiais, Serra Leoa compreende cerca de 60% de muçulmanos e entre 25% e 30% de cristãos. Mas no país, Natal e Ano Novo dão espaço a reuniões públicas ou eventos festivos sem distinção de religião.Em Freetown, a capital do país cuja população é estimada em cerca de 1,2 milhão de habitantes, boates e bares estão fechados há meses por causa do estado de emergência declarado em 31 de julho devido ao ebola e ainda em vigor.Também em razão da doença, os muçulmanos comemoraram o Eid al-Adha sem pompa e com reduzidos encontros no início de outubro.E mais da metade das 14 províncias do país estão sujeitas a restrições de tráfego.A atual epidemia de ebola foi declarada no sul da Guiné em dezembro de 2013 e, desde então, já causou mais de 6.500 mortes, 99% na Libéria, Serra Leoa e Guiné.Apesar de a Libéria concentrar quase metade das mortes, Serra Leoa tornou-se o país mais afetado em relação ao número de casos.
Ebola.

Sintomas de ébola.

Fonte-http://g1.globo.com/bemestar/ebola/noticia/2014/12/ebola-leva-serra-leoa-proibir-festas-publicas-no-natal-e-ano-novo.html

Ciclos de vida.

Os ciclos de vida são uma sequência de acontecimentos que se verificam na vida de uma ser vivo , desde que se forma até que produz descendência.

Fase haploide ou haplofase:

  • Compreendida entre a meiose e o momento de fecundação;
  • Células haploides;
  • n cromossomas;
  • Resulta da meiose.

Fase diploide ou diplofase:


  • Compreendida entre a fecundação e o momento da meiose;
  • Células diploides;
  • 2n cromossomas;
  • Resulta da fecundação.


Ciclo de vida haplonte,(espirogira)--»n

  • Os gâmetas da espirogira são funcionalmente diferentes;
  • Da fecundação , por fusão dos citoplasmas dos nucléos haploide, forma-se o zigoto haploide;
  • Quando o zigoto germina, sofre uma divisão meiótica e origina 4 núcleos haploides;
  • O zigoto é a única célula diploide da celula;
  • A meiose é pós-zigótica;
  • Existe alternância de fases nucleares pois ocorre fecundação e meiose;
  • O ciclo é haplonte;
Ciclo de vida haplodiplonte, (polipédio)--»n e 2n

  • No interior dos esporângios , as célula-mães dos esporos sofrem meiose(pré-espórica)
  • O esporo haploide germina e origina uma estrutura multicelular hermafrodita produtora de gâmetas- Os gametófitos.
  • No interior dos arquegónios ocorre fecundação;
  • O zigoto desenvolve-se mitoticamente e origina a planta adulta , o esporófito- estrutura multicelular que irá produzir esporos;
  • Existe alternância de fases bem desenvolvidas mas a planta adulta pertence à fase diploide;
  • Existe alternância de gerações;
  • Existe 2 tipos de células reprodutoras;
  • O ciclo é haplo-diplonte;
Ciclo de vida diplonte,(homem)--»2n


  • Nas gónadas dos adultos formam-se gâmetas por meiose(meiose pré-gamética)
  • Os gâmetas são morfologicamente diferentes;
  • No interior do corpo da fêmea ocorre a fecundação;
  • O zigoto forma-se mitoticamente e origina o individuo adulto;
  • Existe alternância de fases nucleares , mas a fase haploide restringe-se aos gâmetas e o individuo adulto pertence à fase diploide;
  • Não existe alternância de gerações;
  • O ciclo é diplonte.
Diferentes tipo de ciclo de vida.



Reprodução sexuada nas plantas.

Nas plantas , as estruturas onde são formados os gâmetas designam-se por gametângios, havendo gametângios masculinos que produzem gâmetas masculinos os arteridios que produzem os arterozoides, e gametângios femininos os arquegónios que produzem as oosferas.Tal como nos animais , nas plantas ocorrem diversas estratégias que permitem o sucesso da reprodução sexuada. Os mecanismos são extremamente variados nas plantas com flores , onde existem estruturas reprodutoras que permitem o desenvolvimento das sementes.
Reprodução nas plantas.
Dispersão do pólen-polinização

Diferentes tipos de polinização.

  • Polinização direta ou autopolinização- O pólen produzido das anteras , cai no estigma dos carpelos da mesma flor.(não contribui para a variabilidade genética)
  • Polinização indireta- O pólen produzido nas anteras , cai no estigma dos carpelos de uma flor na mesma planta;
  • Polinização cruzada- O pólen produzido nas anteras cai no estigma dos carpelos de uma flor de outra planta da mesma espécie.(contribui para a variabilidade genética)
Estratégias para a autopolinização:

  • Amadurecimento dos orgãos sexuais masculinos e femininos em alturas diferentes;
  • Adaptações morfológicas em que a disposição dos estames e carpelos não possibilita a deposição do pólen nos estigmas da mesma flor;
  • Auto incompatibilidade genética entre o pólen e os estigmas da mesma flor, impedindo a germinação dos grãos de pólen;
Estratégias das plantas para dispersar as sementes:

  • Inclusão de sementes em frutos coloridos, suculentos e comestíveis;
  • Algumas sementes ou frutos apresentam uma estrutura que facilita a dispersão pelo vento;

Dispersão das sementes nas plantas.

Reprodução sexuada nos animais.

Nos animais, as estruturas onde se produzem os gâmetas designam-se por gónadas, havendo os testículos onde se formam os gâmetas masculinos ou espermatozóides, e os ovários, onde são produzidos os gâmetas femininos ou óvulos.
Há animais em que os testículos e os ovários se encontram o mesmo indivíduo, sendo designados por animais hermafroditas.
Em muitos caso , porém , os sexos estão separados e os animais dizem-se unissexuados.
No caso dos organismos que vivem isolados , como acontece com a ténia verifica-se a autofecundação, isto é , a fecundação efetua-se entre gâmetas produzidos pelo mesmo indivíduo , tratando-se de um caso de hermafroditismo suficiente, sendo da maior importância para a continuidade da espécie.
Exemplo de uma ténia.
Na maioria dos hermafroditas ocorrem casos de hermafroditismo insuficiente, ou seja cada individuo apresenta gónadas de 2 tipos , no entanto, não ocorre a união de gâmetas produzidos pelo mesmo indivíduo.





Nos animais em que ocorre unissexualismo , a união dos espermatozóides com óvulos efetua-se de diversos modos , dependendo , em regra , quer da mobilidade dos animais , quer do local , meio aquático ou meio terrestre onde ocorre.
Existem 2 tipos de fecundação:

Fecundação externa: efetua-se em meio liquido e sucede na maioria das espécies aquáticas , como peixes , ou em seres vivos que procuram a agua para a reprodução como a rã.
Machos e fêmeas lançam os gâmetas para o meio aquático , onde os óvulos são fecundados pelos espermatozóides.

Vantagens:
  • Maior número de ovos produzidos.

Desvantagens:
  • É necessária uma elevada produção de gâmetas;
  • Alguns animais dependem da corrente de água para conduzir os gâmetas até aos outros gâmetas da mesma espécie;
  • Existe pouco cuidado dos progenitores;
  • Os gâmetas/ ovos são suscetíveis à predação;
  • Necessitam de desenvolver mecanismos para garantir que ocorre fecundação entre gâmetas da mesma espécie.
    Exemplo de fecundação externa.
Fecundação interna: Efetua-se no interior do organismo da fêmea.O macho deposita os espermatozóides no interior do sistema reprodutor da fêmea , onde ocorre a fecundação.Este tipo de fecundação é fundamental nos seres terrestres uma vez que os gâmetas não suportam a dessecação que se verifica em meio terrestre. 
Na maioria das espécies, é o macho que , pelo seu comportamento procura atrair a fêmea , realizando um complexo ritual, que constitui a parada nupcial.
Exemplo de fecundação interna.




Mitose e Meiose.

Aspetos comparativos.
Nos processos de reprodução , a divisão celular é fundamental. A mitose permite a formação de células geneticamente idênticas à célula parental ; a meiose ocorre na reprodução sexuada , permitindo a formação de células haploides.
Em ambas as divisões nucleares , a mitose e a meios, o DNA replica uma só vez na interfase , que antecede o início do processo.
Mitose e Meiose.
Diferenças entre ambos os processos:

Diferenças entre os processos.
A mitose é um processo que assegura a constância genética e a meiose um processo que contribui para a variabilidade genética.







Alterações ao nível dos cromossomas.

Durante os fenómenos complexos da meiose podem ocorrer , ocasionalmente, erros que conduzem a alterações na estrutura ou no número de cromossomas  das células resultantes. Essas alterações são designadas por mutações cromossómicas , podendo ser numéricas ou estruturais.

Mutações numéricas:Anomalias em que há alteração do número de cromossomas.
As mutações cromossómicas numéricas podem ocorrer em diferentes etapas da meiose:

  • Durante a divisão I por não separação de cromossomas homólogos;
  • Durante a divisão II por não separação de cromatídios de cada cromossoma.
A alteração do número de cromossomas ao nível dos gâmetas , quer por excesso , quer por défice, pode implicar problemas nos indivíduos que resultem do desenvolvimento de ovos em cuja a formação esses gâmetas intervieram.

Mutações estruturais:Envolvem alterações no número ou no arranjo dos genes, mas mantém-se o número de cromossomas.

É sobretudo a rutura da estrutura linear dos cromossomas durante o crossing-over , seguida de uma reparação deficiente , que é responsável pelo aparecimento de sequências anormais dos genes.
Mutações.
As mutações podem ser espontâneas ou induzidas por agentes exteriores como raios X ou certos agentes químicos. A maioria das mutações cromossómicas são prejudiciais para o indivíduo que é portador ou para os seus descendentes. No entanto, algumas delas podem ser benéficas e melhorar a capacidade de sobrevivência dos indivíduos das novas gerações.

Por outro lado , as mutações são uma fonte importante de variabilidade genética , que permite a diversidade de organismos e a evolução das espécies.

Reprodução sexuada.

A reprodução sexuada constitui um processo biológico comum a quase todos os seres vivos.Neste tipo de reprodução, os individuo das sucessivas gerações não apresentam uma uniformidade de informação genética.
Os descendentes possuem caracteres comuns entre si e também com os progenitores, de acordo com a espécie a que pertencem, mas apresentam também diferenças significativas em consequência , nomeadamente, dos fenómenos de fecundação e meiose que ocorrem.
A reprodução sexuada envolve a produção e a união de gâmetas masculino e feminino. Os gâmetas são produzidos nas gónadas animais.No sexo masculino produzem-se nos testículos e no sexo feminino produzem-se nos ovários.

Fecundação e meiose
 A reprodução sexuada implica que ocorra a fusão de 2 gâmetas ou seja , é necessário que se verifique a fecundação.
A meiose é o processo de divisão nuclear através do qual , a partir de uma célula com núcleo diploide , se podem formar células com núcleo haploide.
Reprodução e meiose.
A meiose e formada por 2 divisões, a divisão I ( divisão reducional) e a divisão II(divisão equacional).
Antes das 2 divisões ocorre a interfase, e não e só ocorre antes da divisão I.
A divisão I é formada pela : Prófase I , Metáfase I , Anáfase I e Telófase I.
A divisão II é formada pela :Prófase II, MetáfaseII , Anáfase II e Telófase II.
No fim das duas fases ocorre a citocinese.
Meiose.
Vantagens da reprodução sexuada:

  • Proporciona uma grande variabilidade genética de características na descendência;
  • A diversidade de características permite ás espécies não só maior capacidade de sobrevivência, caso haja mudanças , mas também proporciona evolução para novas formas.
Desvantagens:

  • Processo lento;
Grande dispêndio de energia , quer na formação dos gâmetas , quer nos processos que desencadeiam a fecundação.

Reprodução assexuada.

Os seres procariontes e a maioria dos seres unicelulares eucariontes podem reproduzir-se assexuadamente. Este tipo de reprodução ocorre também em muitos seres multicelulares.
A reprodução assexuada:

  • Envolve apenas um progenitor;
  • Não envolve a união de gâmetas;
  • Os descendentes são clones;
  • Processo relativamente rápido;
Existem 6 estratégias de reprodução assexuada:

  1. Bipartição-Divisão de um ser em 2 com dimensões idênticas;
  2. Gemulação-Formação de uma ou mais saliências, os gomos ou gemas, que se desenvolvem e separam, originando novos seres;
  3. Esporulação-Formação de células reprodutoras, os esporos, cada um dos quais podem originar um novo individuo. 
  4. Multiplicação vegetativa-Formação de novos seres a partir do desenvolvimento de certas estruturas vegetativas, como raízes , caules ou folhas.
  5. Fragmentação-Separação de fragmentos do corpo, originando cada fragmento um novo individuo por regeneração.
  6. Partenogénese-Formação de novos indivíduos exclusivamente a partir do desenvolvimento de gâmetas femininos;
Vantagens:

  • Processo rápido;
  • Necessita apenas de um progenitor;
  • Origina clones, e por isso , mantém os carateres nos indivíduos de uma espécie ao longo do tempo.
Desvantagens:

  • A diversidade dos descendentes é quase nula;
  • Difícil adaptação a mudanças do meio , podendo conduzir á extinção;
  • Não favorece a evolução da espécie.

Reprodução.

A continuidade da vida é assegurada pela reprodução, conjunto de processos pelos quais os seres vivos originam novos indivíduos idênticos a si próprios.Cada individuo é, desse modo , um elo na sucessão de gerações, visto que, ao reproduzir-se, permite a continuidade da espécie a que pertence.
Os processos de reprodução agrupam-se em dois tipos fundamentais: reprodução assexuada e reprodução sexuada.
Na reprodução assexuada, formam-se indivíduos a partir de um só progenitor, sem ocorrer fusão de gâmetas, ou seja, sem fecundação. 
Na reprodução sexuada, os novos indivíduos são originados a partir de um ovo , célula que resulta da fusão de 2 gâmetas(fecundação).
Apesar da reprodução assumir aspetos muito diversos, ela é sempre baseada na divisão celular e , logicamente na capacidade de replicação do DNA, garantindo a passagem de informação genética ao longo de sucessivas gerações.
Reprodução sexuada.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Diferenciação celular.

A diferenciação celular, é um processo de especialização que confere determinadas características ás células. 
No nosso organismo, as células que provieram da célula-ovo por sucessivas divisões mitóticas contêm no seu núcleo o mesmo numero de cromossomas e por isso a mesma informação genética.
Calcula-se que no nosso organismo existam cerca de 200 tipos de células diferentes.
Através das diferentes combinações entre essas células obtem-se estruras complexas, que desempenham funções complexas no nosso organismo como os olhos , as mãos entre outros.
Então ao longo do desenvolvimento de um indivíduo ocorre, em regra,um conjunto de processos através dos quais células geneticamente idênticas se especializam no sentido de desempenharem uma ou mais funções.
A esses processos de especialização da-se o nome de diferenciação celular.
Diferenciação celular.

Totipotência


  • Células-tronco ou totipontentes- São as primeiras células. Podem dar origem a um organismo;
  • Células pluripotentes-Podem multiplicar-se indefinidamente e originar todo o tipo de células;
  • Células multipotentes-Células especializadas num tipo de tecido(endoderme, mesoderme ou ectoderme).
  • Células unipotentes-A sua função está defenida. Estas células não podem originar mais que um tipo de células.
  • Células especializadas-Células maturas e diferenciadas.
    Da totipotência à diferenciação celular.


Crescimento e regeneração de tecidos.

O desenvolvimento de um ser vivo compreende em regra um conjunto de fenómenos biológicos que decorrem desde a célula-ovo até ao estado adulto. Um aspeto marcante é a capacidade das células se dividirem.
A reposição de todas as células (fígado, pele etc.) só acontece graças à capacidade da células se dividirem.
Também a regeneração celular é um processo que depende da divisão celular.
Para além do crescimento e reprodução, a divisão celular é um processo vital para manter a integridade física do ser humano.
Então diz-se que o crescimento e regeneração dos tecidos é um processo vital , que assegura a manutenção do ser vivo na Terra.
Um exemplo de regeneração nos animais.

Ciclo celular.

Ciclo Celular.
Em biologia, chama-se ciclo celular um conjunto de processos que se passam numa célula viva entre duas divisões celulares. O ciclo celular divide-se em duas fases a  interfase e a fase mitótica.A fase mitótica inclui a mitose e a divisão celular (citocinese).
Cromossomas.
Nos eucariontes, as moléculas de DNA estão, como já sabe, no núcleo das células, associadas a proteínas, constituindo estruturas filamentosas complexas , os cromossomas.
Estrutura do cromossoma.
Fases do ciclo celular.
No ciclo celular consideram-se duas fases:

  1. Interfase(fase G1,S e G2)
  2. Fase Mitótica(Prófase,Metáfase,Anáfase e Telófase)
  3. Citocinese.
Interfase
Na interfase os cromossomas encontram-se distendidos, não sendo visíveis ao microscópio ótico.
A replicação do DNA de uma célula ocorre durante uma parte limitada da interfase, denominada período S ou de síntese, que é precedido, e seguido respetivamete, por 2 intervalos, G1 e G2(G de gap e intervalo), ou fases.

Ciclo celular.

  • Fase G1-corresponde ao período que decorre entre o fim da mitose e o inicio da síntese de DNA. Caracteriza-se por uma intensa atividade biossintética, nomeadamente de proteínas estruturais, enzimas e RNA, havendo ainda formação de organelos celulares e ,consequentemente, um notório crescimento da célula.
  • Fase  S-ocorre a autorreplicação de cada uma das moléculas de DNA. A estas novas associam-se as respetivas proteínas e , a partir desse momento, cada cromossoma passa a ser constituído por 2 cromatídeos ligados pelo centrómero. Nas células animais, fora do núcleo, da-se ainda a duplicação dos centríolos, originando dois pares.
  • Fase G2- decorre entre o final da síntese de DNA e o inicio da mitos. Neste período da-se sobretudo, a síntese de biomoléculas necessárias divisão celular, como , por exemplo, proteínas, que vão ser utilizadas na fase mitótica.

Mitose

Diz respeito ao conjunto de transformações durante as quais o núcleo das células eucarióticas se divide.Nesta fase, as células reorganizam os seus micrótubulos na forma de um fuso bipolar, estando o MTOC nos polos do fuso.Embora a mitose seja um processo continuo, nela distinguem-se,convencionalmente, quatro estádios: prófase,metáfase,anáfase e telófase.


  1. Prófase- Os filamentos da cromatina condensam-se tornando-se cada vez mais grossos e mais curtos;Cada cromossoma é constituído por 2 cromatídios, unidos pelo centrómero; Os dois pares começam a afastar-se em sentidos opostos, formando-se, entre eles o fuso acromático ou mitótico, constituído por um sistema de microtubúlos proteicos;Quando os centríolos atingem os polos, a membrana nuclear desorganiza-se e os nucléolos desaparecem.
  2. Metáfase- Os cromossomas atingem o máximo encurtamento; Os pares de centríolos estão nos polos da célula; O fuso acromático completa o seu desenvolvimento,  notando-se que alguns microtúbulos se ligam a cromossomas; Os cromossomas dispõem-se com os centrómeros no plano equatorial, voltados para o centro desse plano e com os braços para fora. Os cromossomas assim imobilizados dispõem-se na placa equatorial e estão prontos para se dividirem.
  3. Anáfase- Dá-se a clivagem de cada um dos centrómeros, separando-se os cromatídeos, que passam a constituir dois pares de cromossomas independentes;Os microtúbulos ligados aos cromossomas encurtam-se e estes começam a afastar-se migrando para pólos opostos, ascensão polar dos cromossomas-filhos; No final da anáfase, os dois polos da célula têm conjuntos completos e equivalentes de cromossomas e, portanto, de DNA.
  4. Telófase- A membrana nuclear reorganiza-se à volta dos cromossomas de cada célula-filha;Os nucléolos reaparecem;Dissolve-se o fuso mitótico; Os cromossomas descondensam-se e alongam-se,tornando-se menos visíveis;A célula fica constituída por dois núcleos, terminando assim a mitose.
Mitose do ciclo celular.
Citocinese- Diz respeito à divisão do citoplasma e,portanto à consequente individualização das células filhas.
Citocinese numa célula vegetal e animal.

https://www.youtube.com/watch?v=gDFH0_8r07c-Neste video encontram-se todas as fases do ciclo celular, bem como a sua explicação.



                           

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Mutações.

Mutações- Alterações ao nível do material genético que afeta a expressão de um ou mais genes.

Mutações cromossómicas- Alterações ao nível de estrutura ou numero de cromossomas.
Mutações genéticas- Envolvem alterações ao nível dos nucleótidos de um ou mais genes.
Mutações sem perda de sentido-O codão resultante codifica o mesmo aminoácido.
Mutações com perda de sentido-O codão resultante codifica um aminoácido diferente.
Mutações sem sentido-O codão resultante é um codão stop.

Inserção ou deleção- A adição de um numero de bases que ao seja multiplo de 3 altera completamente a mensagem do gene, acontecendo o mesmo se for retirado o numero de bases que não seja múltiplo de 3.

Origem das mutações:

  • Espontâneas-Ocorrem durante a replicação do DNA;
  • Por ação dos agentes mutagénicos- químicos ou físicos;

Mutações à descendência:

Mutações cromossómicas.

  • Somáticas( atingem as células somáticas)-Quando os seres se reproduzem sexuadamente, não se transmitem à descendência.
  • Geminais( atingem as células sexuais)-Quando os seres se reproduzem sexuadamente, transmitem-se à descendência.

    Mutações genéticas.

Síntese Proteica.

Numa visão global da síntese de proteínas podemos referir que na passagem da 'linguagem' polinucleotídica do DNA para a 'linguagem' polipeptídica das proteínas se consideram essencialmente duas etapas.
       

           (Trancrição)                           (Tradução)
DNA-------------»mRNA------------»Polipéptido


Mecanismos de síntese proteica.

  1. Transcrição-A informação do DNA é transcrita para o mRNA, por complementaridade de bases;
  2. Processamento-a informação é clarificada, conduzindo à formação de um RNA funcional (mRNA maduro). Aqui ocorre o “splicing”, que corresponde à remoção dos intrões, à união dos exões e ao fortalecimento das extremidades do gene do DNA;
  3. Migração-Corresponde à passagem do mRNA do nucleo para o citoplasma da célula;
  4. Tradução, que é constituida por 3 subfases:
  • Iniciação-o ribossoma liga-se ao mRNA na região de AUG (Metionina), o codão de iniciação. O tRNA (RNA de transferência), que transporta o a.a. metionina, liga-se ao codão de iniciação. Assim, o ribossoma está funcional;
  • Alongamento-o anticodão de um novo tRNA liga-se ao 2º codão por complementaridade de bases, estabelecendo-se uma 1ª ligação peptídica. Continua, assim, a tradução dos sucessivos codões e da ligação dos a.a. para a construção da proteína;
  • Finalização-quando o ribossoma chega a um codão de finalização (UAA, UAG ou UGA) a síntese termina, os componentes do complexo de tradução separam-se e o ribossoma pode ser utilizado novamente para a síntese de uma nova proteína.
    Síntese Proteica.
Características da síntese proteica:

  • Rapidez;
  • Amplificação-algumas fases da síntese podem ser amplificadas, isto é, várias moléculas de mRNA podem ser sintetizadas a partir do mesmo gene de DNA.



Código genético.

O código genético é uma espécie de 'dicionário' que a célula utiliza na expressão da informação genética. O Código Genético é a correspondência entre os 64 codões e 20 aminoácidos das proteínas.
Características do código genético.
                                      
  • Universalidade do código genético-Desde os organismos mais simples aos mais complexos, há uma linguagem comum a quase todas as células;
  • O código genético é redundante- Significa que vários codões são sinónimos, isto é, podem codificar o mesmo aminoácido;
  • O código genético não é ambíguo-A cada codão corresponde um e um só aminoácido;
  • O tripleto AUG tem uma dupla função-Este codão codifica o aminoácido metionina e é o codão de iniciação da síntese de proteínas; 
  • O terceiro nucleotido de cada codao nao e tao específico como os dois primeiros;

  • Os tripletos UAA,UGA e UAG são codões de finalização ou codões 'stop'-Estes codões são instrução para a terminação da cadeia de sìntese e não codificam aminoácidos.
                                  
    Código genético.

Composição e estrutura do RNA.

O RNA (ácido ribonucleico) também é um polímero de nucleótidos e é quimicamente muito próximo do DNA. Ao nivel da constituição, cada nucleótido do RNA contém um grupo fosfato , uma pentose (a ribose) e uma base azotada, que pode ser adenina, guanina, citosina ou uracilo. Esta última base azotada é uma base em anel simples que pode formar duas ligações de hidrogénio com a adenina.

Composição do RNA.
  • Uma cadeia polinucleotídica;
  • A pentose é a ribose;
  • As bases azotadas são: Adenina, Guanina, Citosina e Uracilo;
  • A razão adenina-uracilo e guanina-citosina varia.
  • A quantidade varia de célula para célula e dentro da mesma célula de acordo com a atividade metabólica.
  • Quimicamente pouco estável;
  • Pode ser temporário, existindo por curtos períodos;
  • Apresenta 3 formas básicas: mensageiro, transferência e ribossómico.
Molécula de RNA.



Replicação do DNA.

Antes de Watson e Crick apresentarem o seu modelo, nada tinha sido proposto relativamente à replicação do DNA, ou seja, relativamente ao modo como se duplica a molécula da hereditariedade antas da divisão celular.
Por ação de enzimas específicas, as duas cadeias separam se em locais específicos ao longo da molécula, havendo rutura das ligações de hidrogénio.
Cada uma das cadeias originais serve de molde à cadeia complementar, sendo utilizados os nucleótidos que existem no meio.
Formam-se então duas cadeias de desoxirribonucleótidos.
Essas novas cadeias são complementares ás originais, sendo cada uma complementar aquela que lhe serve de molde.


Ao longo da história foram apresentadas três hipóteses principais para explicar a replicação do DNA:
  •    Hipótese conservativa – esta hipótese diz que a partir de uma molécula de DNA é formada outra molécula nova, sendo a 1ª completamente conservada;
  •    Hipótese dispersiva esta hipótese afirma que o DNA é fragmentado, originando duas novas moléculas a partir desses fragmentos;
  •   Hipótese semiconservativa – cada cadeia do DNA serve de base para as duas novas células, sendo estas constituídas por uma cadeia da molécula parental e outra cadeia nova.Esta é, atualmente, a hipótese que atualmente explica a Replicação do DNA. 
https://www.youtube.com/watch?v=qF-BGYz7wNc-Este video explica a replicação do DNA.


3 hipotéses de Replicação do DNA.